Estive mais uma vez em Paris em abril de 2014, mas parece que foi ontem. Que lugar! Tudo o que falaram “contra” Paris se tornou lenda. As pessoas são, de fato, meio reservadas, mas são muito gentis. O metrô é deliciosamente confuso… mas quando se pega a manha, você se diverte. Fora que em Paris, a arte ao ar livre impressiona. Tudo compensa.
Estou ansiosa para voltar e voltarei quantas vezes forem necessárias, porque meus pensamentos e meu coração sempre estarão em Paris. Não importa quanto tempo demore, sou adepta da filosofia: “Sempre teremos Paris!”. Ela sempre estará lá: linda e deslumbrante. Um dia e quem sabe para o resto de minha vida eu volte para matar as saudades e quem sabe, para finalmente ouvir meu coração e me entregar a cidade luz!
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A dificuldade de se adaptar em outro país
Há algum tempo atrás me vi envolvida num blog também do Facebook, aonde as pessoas testemunhavam a dificuldade de se adaptar em outro país, esse no caso, era a França. A princípio comecei a ler os depoimentos por mera curiosidade, mas impossível ficar indiferente e não expressar em palavras o que sentia meu coração.
Para se viver em outro país, é necessário antes de mais nada estar aberto a outra cultura, a aceitar e respeitar outros valores, muito se fala da tal “educação francesa”, mas poucos realmente a entendem.
Veja outros depoimentos de brasileiros no exterior:
Patrícia, ex-au pair na França
Suellen, ex-au pair nos Estados Unidos e na França
A educação francesa
Quanto a “educação francesa”, observo que não há palavras para melhor traduzir o que alguns definem como “grosseria dos franceses”, o francês é sincero e não maquia a verdade antes de lhe dizer. Ele supõe talvez que somos adultos e que vamos saber o que fazer com ela para progredir. Algumas pessoas entendem isso como arrogância ou grosseria. Eu aprecio muito. Com certeza, há grosseiros na França como há no Brasil e em qualquer lugar do mundo, mas, tirando os casos das poucos pessoas grosseiras de qualquer nacionalidade que encontrei por todos os países que passei, os franceses sempre foram amáveis, sorridentes e respeitosos em todos os lugares em que passei.
O que alguns descrevem como “grosseria ou frieza”, eu traduzo a polidez dos franceses, não como grosseria, e sim como franqueza, é o princípio da reciprocidade, uma boa educação, gera um bom tratamento em qualquer lugar do mundo 😉
Nenhum lugar do mundo é perfeito. Cada povo tem sua cultura, e algo que, às vezes, não é apreciado por alguns para outros é qualidade. O brasileiro é acolhedor, mas algumas vezes sob a fachada de acolhimento, há muita falsidade de algumas pessoas. Não é porque alguém diz o que você quer ouvir e é toda sorrisos que ela pensa aquilo. Não gosto disso. Até porque você pode viver anos ao lado de alguém achando que tem um(a) amigo(a), e essa pessoa se diverte sabotando sua vida.
Já recebi ajuda de franceses em metrô, na rua, em museus, hotéis e restaurantes etc. Talvez algo importante a lembrar é que na França, você recebe o que dá. Se você tratar mal alguém, porque se acha “cliente” e portanto “rei/rainha”, você vai ser maltratado(a).”
Não exagerei, eu vivo me deparando com situações constrangedoras em que 99% dos brasileiros são rudes e grosseiros sem a menor necessidade, eu aprendi que educação e respeito se conquistam, e isso acontece em qualquer lugar do mundo. Sou neta de francês, meu bisavô foi um herói de guerra, ele defendeu a França na 1ª Guerra Mundial, conheço bem os valores desse povo francês, vivi na pele os horrores da guerra, tenho cartas que me fazem lembrar a todo momento porque eles são tão francos com teus sentimentos, eles são sempre muitos intensos com o que pensam e sentem, você nunca verá uma falsa cortesia, nem tampouco uma falsa amizade nos franceses, o amor, o respeito e a educação se conquistam, simples assim.
Uma outra visão sobre os franceses
Para você conhecer a educação francesa, é necessário fechar os olhos e enxergar com o coração, só assim você estará despido de preconceitos e verá o quanto é encantador um francês… Demorei um tempo para conhecê-los mais intimamente, eles são reservados, mas quando se conquista o amor e respeito de um francês, essa é uma sensação indescritível.
Fazer uma imersão cultural, abrir mão de valores que você achava que eram únicos e que prevaleciam sobre todos os demais, isso se chama amor, eles amam o país que vivem, eles tem orgulho da sua história, eles sentem tristeza na alma quando pensam em teus antepassados. Esse tipo de respeito, patriotismo e cultura infelizmente não existem no Brasil, as pessoas são carentes, se rendem ao pouco que o governo lhes dão, não há cultura, não há devoção, e tampouco esperanças de uma vida melhor, é realmente uma pena.
Infelizmente eu ainda não estou morando na França, sou literalmente apaixonada por essa cultura. Não adianta morar em Paris, é preciso viver como um parisiense, a beleza está em cada esquina. Se as pessoas fossem capazes de apreciar os pequenos detalhes, são esses que fazem toda a diferença.
Em várias ocasiões me perdi em pensamentos, observando como os franceses vivem, como eles tem uma necessidade urgente de VIVER, eles apreciam um encontro familiar, eles apreciam uma caminhada no bosque, eles fecham os olhos todas as vezes que sentem o cheiro de uma comida gostosa, e são capazes de saboreá-las apenas com o olfato… isso é imersão cultural, é observar os detalhes, detalhes esses que fazem toda a diferença.
Vivendo a vida como um francês
Por exemplo, escolha o caminho mais bonito da sua cidade para atravessar a cidade do seu trabalho até chegar à sua casa, ou até mesmo o restaurante de comida mais próximo, preste atenção nos comentários que um francês fizer sobre as coisas no caminho.
Um francês tem um olhar aguçado como o de uma criança, vai te fazer reparar numa planta florida no meio do caminho, num grafiti fantástico que você nunca reparou, num anúncio colado no ponto de ônibus de um show interessante, vai definir os lugares pelos cheiros agradáveis no ar, e ainda vai dizer: “Roma tem cheiro de pizza, que nem esse cheiro agora”.
Tudo coisas que de dentro de um carro importado com o ar condicionado ligado, não aconteceria jamais. Você viverá o momento presente como nunca. Esse francês te chamará atenção para tudo que está a sua volta, e não sobre um aborrecimento da noite anterior. Ele ainda vai ser a trilha sonora da tua vida. Como não me apaixonar por esses detalhes? Experimentar sensações novas, explorar terras desconhecidas e viver num país que para muitos só faz parte dos filmes, vocês estão em Paris!
Como é ser amiga de um francês
Quando você se torna amiga de um francês, ele mais do que qualquer outra pessoa sabe te ouvir. Ele já ouviu muita gente do mundo inteiro, e o que alegrava os dias dele era justamente se inserir nas histórias de tão longe. Ele repara o que ninguém repara no que você fala, só você havia prestado atenção nisso. Ele te ajudará sem esperar o retorno imediato, ele sabe como é essa vida, já foi ajudado inúmeras vezes na estrada sem que a pessoa pedisse um tostão de volta, e voltou para casa certo de fazer tudo diferente, pois sabe o quanto isso pode significar na vida da outra pessoa.
Ele não liga para coisas pequenas como datas e presentes, isso acaba sendo acessório, mas ele liga para o quanto você andou para encontrá-lo, o que você prestou atenção das coisas que ele te disse para mandar uma mensagem no celular dizendo “tá tocando aquela música que você disse ser aquela nossa música. Saudades!” e provavelmente a resposta será: “Escutaremos ela de novo, como naquele jantar romântico”. Eu me sinto privilegiada por ter vivido isso tudo, por isso digo: “A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos”.
Vale a pena conhecer a França?
Por que eu gosto de viajar? Simples, porque durante uma viagem, o aprendizado “ganha vida”, provocando um interesse natural em história e cultura, e eu adoro essa sensação 😉
Quanto aos franceses, se permitam conhecê-los, eles podem surpreendê-los, e por que não acabar se tornando um caso de amor?
Por Julième Pioch Fontolan (Brasileira, neta de francês, bisneta de um francês herói de guerra, que defendeu a França na 1a Guerra Mundial)
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